Se já não bastasse o tal padrão fitness
com aquelas mulheres saradíssimas com barriga do He-Man e pernas do Rambo,
agora, infelizmente, estamos diante da glamourização do bumbum falsificado. O
que era ruim, ficou pior. É certo que o bumbum grande tá em alta, mas daí apelar
para a propaganda enganosa já é demais.
Esse fenômeno só mostra que todas querem
ser bootylicious, custe o que
custar.
A siliconada Andressa Urach já foi um
ícone desse padrão de beleza artificial. Seu caso serviu de alerta quando
sofreu uma infecção generalizada em consequência de substâncias injetadas para
inflar as coxas. O resultado foi tenso.
Vale lembrar que o Brasil é o campeão em
colocação de próteses de silicone nos glúteos. Uma famosa dermatologista do
país já revelou que rejeita, toda semana, pacientes que desejam fazer aplicação
de hidrogel ou polimetilmetacrilato (PMMA) nas coxas ou nádegas. Mas, claro,
depois do episódio trágico de Andressa, muitas procuram médicos sérios. Segundo
um médico, as pacientes preferem preenchimentos ao silicone: a prótese dá um
aspecto artificial, além de ser mais cara e ainda ter de trocar eventualmente.
Os quatro produtos que aumentam o
volume das nádegas e coxas são PMMA,
ácido hialurônico, hidrogel e silicone líquido. Mas atenção: os dois últimos
têm uso proibido pela Anvisa. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica não
recomenda os preenchimentos. “Os tecidos ficam impregnados e é impossível
removê-los”, diz o presidente da entidade.
Eu, particularmente, não concordo com
nenhum desses preenchimentos ou métodos artificiais. Eu sei que alguns
resultados ficam até convincentes, mas não dá. Meu negócio mesmo é o bumbum
totalmente natural – ainda que flácido, com estrias e celulites. A mulher bem
resolvida com a própria imagem ainda é a mais atraente.